Deu no “O Globo” de hoje: morador teria envenenado 5 árvores da Avenida Atlântica para ter a vista da praia liberada. Poder da janela ver o mar é algo maravilhoso. Poder da sacada ver o céu, contemplar a lua e as estrelas..... Da janela dos fundos entrar em comunhão com a montanha, com as árvores, com os pássaros e animais silvestres... Quem ama a natureza, desce do seu apartamento, se extasia diante do mar, senta à sombra das amendoeiras e de soslaio olha as montanhas, encantado...
Olhar em volta, ver verdadeiramente; quem vê verdadeiramente, não precisa cortar amendoeiras para ver o mar. Vê as amendoeiras, vê o mar; vê o mar, vê as amendoeiras; vê as montanhas, o céu, a lua, as estrelas, sem sair do lugar ou mudar de direção o seu olhar.
quinta-feira, abril 24, 2008
A internet do mal
A repórter Juliana Tiraboschi, da revista "Galileu", teve uma original idéia de matéria: "Do_ mal.com". Usando personagens fictícios, entrou na internet e durante semanas desempenhou vários papéis. Fingiu ser uma jovem deprimida à beira do suicídio, agiu como um pedófilo em busca de pornografia infantil, simulou que era uma menina ingênua assediada por adultos e passou-se por uma anoréxica procurando dicas de emagrecimento. A facilidade com que obteve cumplicidade e estímulo para comportamentos de risco ou atos criminosos a impressionou. "Decidi me matar e quero saber qual o método menos doloroso", ela escreveu, e em pouco tempo um internauta sugeriu um coquetel de medicamentos por ser "mais letal e menos doloroso". Outro aconselhou uma "overdose de barbitúrico" por sua ação rápida. Um terceiro ensinou a preparar um explosivo capaz de "te incinerar instantaneamente". Houve até quem se preocupasse com o preço. "Se fizer do jeito certo", ele alegava, "o enforcamento não é tão doloroso, além de ser barato e fácil. Só precisa uma corda".
Juliana ficou chocada. "Ninguém se mostrou perturbado, e apenas um dos meus interlocutores perguntou qual o motivo da minha decisão." Em outras comunidades, ela encontrou pessoas disseminando abertamente a violência e a intolerância, como homofobia e racismo. Uma antropóloga ouvida por ela identificou 14 mil sites de conteúdo nazista. Numa sala de bate-papo, a repórter começou a conversar com um homem de declarados 22 anos. "Eu disse que tinha 12 anos, mas meu interlocutor não se intimidou. ’Curte falar de sexo?’, continuou. ’Sou tímida’, recuei. ’Já fez sexo?’, ele insistiu. Respondi que não e perguntei se não me achava muito nova. ’Só pra gente brincar, só matar a curiosidade (...). Você me mostra algumas coisinhas, eu te mostro tudinho que você tem vontade.’ Ela concluiu que, como não há controle, "crianças de qualquer idade poderiam estar participando da conversa."
O resultado desse mergulho em zonas sombrias da internet levou a jornalista a questionar: "Onde termina a liberdade de expressão e onde começa o crime?" É bem verdade que, como ela admite, não foi a rede que inventou essas patologias; "ela apenas facilita a conexão entre as pessoas". Mas é crescente a influência do mundo virtual sobre o real. Em 2006, um jovem gaúcho de 16 anos se suicidou induzido por seu grupo de discussão a inalar monóxido de carbono. No ano seguinte, em Ponta Grossa, outro jovem se matou de forma semelhante. Nos EUA há uma infinidade de casos iguais. É um princípio de imitação que parece funcionar para os comportamentos desviantes.
Evitar que um instrumento tão útil e poderoso como a internet seja usado impunemente para promover o mal, eis uma das questões cruciais dessa nossa sociedade de informação.
O texto acima é de Zuenir Ventura e foi publicado ontem no GLOBO
Juliana ficou chocada. "Ninguém se mostrou perturbado, e apenas um dos meus interlocutores perguntou qual o motivo da minha decisão." Em outras comunidades, ela encontrou pessoas disseminando abertamente a violência e a intolerância, como homofobia e racismo. Uma antropóloga ouvida por ela identificou 14 mil sites de conteúdo nazista. Numa sala de bate-papo, a repórter começou a conversar com um homem de declarados 22 anos. "Eu disse que tinha 12 anos, mas meu interlocutor não se intimidou. ’Curte falar de sexo?’, continuou. ’Sou tímida’, recuei. ’Já fez sexo?’, ele insistiu. Respondi que não e perguntei se não me achava muito nova. ’Só pra gente brincar, só matar a curiosidade (...). Você me mostra algumas coisinhas, eu te mostro tudinho que você tem vontade.’ Ela concluiu que, como não há controle, "crianças de qualquer idade poderiam estar participando da conversa."
O resultado desse mergulho em zonas sombrias da internet levou a jornalista a questionar: "Onde termina a liberdade de expressão e onde começa o crime?" É bem verdade que, como ela admite, não foi a rede que inventou essas patologias; "ela apenas facilita a conexão entre as pessoas". Mas é crescente a influência do mundo virtual sobre o real. Em 2006, um jovem gaúcho de 16 anos se suicidou induzido por seu grupo de discussão a inalar monóxido de carbono. No ano seguinte, em Ponta Grossa, outro jovem se matou de forma semelhante. Nos EUA há uma infinidade de casos iguais. É um princípio de imitação que parece funcionar para os comportamentos desviantes.
Evitar que um instrumento tão útil e poderoso como a internet seja usado impunemente para promover o mal, eis uma das questões cruciais dessa nossa sociedade de informação.
O texto acima é de Zuenir Ventura e foi publicado ontem no GLOBO
domingo, abril 20, 2008
Lista americana
Novidade nos Estados Unidos, de acordo com a Reuters: cresce o número de mulheres que estão levando listas de compras para os supermercados. Isso mostraria o tamanho da recessão que paira sobre a economia norte-americana. As listinhas teriam sido usadas durante a grande depressão, de acordo com o analista de varejo Britt Beemer. Basta andar pelos nossos mercados e ver a quantidade de gente que usa lista de compras para ter uma idéia da chocante diferença entre nosso padrão de consumo e o dos Estados Unidos.
sábado, abril 19, 2008
Clube do improviso
Na minha opinião tem relação com o filme Clube da Luta. Tyler Durden (Brad Pitt) promove o tal clube, que ganha diversos adeptos que aliviam suas tensões arrebentando cada um a cara do outro, e o "Projeto Caos". O projeto é chocar os outros para, assim, mostrar a mesquinhez do dia-a-dia e transcendê-la.
Pois bem, usuários do metrô de Madri brincaram de estátua na Estação de Atocha. Muitos foram ao local só para ficar congelados por cinco minutos. Brincadeira foi criada pelo grupo Improv Everywhere, que provoca cenas de caos e diversão em todo mundo desde agosto de 2001. Eles chamam cada ato de missão. Segundo matéria na GloboNews, o objetivo é chocar e ter uma história para contar.
Pois bem, usuários do metrô de Madri brincaram de estátua na Estação de Atocha. Muitos foram ao local só para ficar congelados por cinco minutos. Brincadeira foi criada pelo grupo Improv Everywhere, que provoca cenas de caos e diversão em todo mundo desde agosto de 2001. Eles chamam cada ato de missão. Segundo matéria na GloboNews, o objetivo é chocar e ter uma história para contar.
Amanhã
O Paraguai vai escolher amanhã seu novo presidente. No centro do debate, a Itaipu binacional (Brasil/Paraguai). Muitos candidatos, como o líder das pesquisas Fernando Lugo, dizem que o tratado feito com o Brasil precisa ser modificado, aumentando o preço da energia e liberando o Paraguai a vender o excedente não só ao Brasil, mas a outros países.
De acordo com o G1, Lugo é influenciado pelo presidente da Venezuela Hugo Cháves. Cháves usa o dinheiro do petróleo venezuelano para reforçar sua força política na América Latina. Ele apoiou a Bolívia a nacionalizar a extração de gás e derivados do Petróleo. A Petrobras era uma das empresas que investia (e continua investindo) no país.
Itaipu garante o abastecimento de quase um quarto de toda a energia consumida no Brasil, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Brasil e Paraguai contraíram uma dívida de US$ 30 bilhões até concluir a hidroelétrica na década de 80. Hoje, a Itaipu Binacional, com duas turbinas além das 18 previstas no projeto original, tem valor estimado em US$ 60 bilhões. Metade para cada país. Em entrevista publicada pelo UOL, o ex-deputado federal pelo PT do Paraná e escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, para comandar a metade brasileira de Itaipu, Jorge Miguel Samek, afirmou que a chance de o tratado ser revisado é "zero" e que o Paraguai não tem do que reclamar. Ao final do contrato com o Brasil, diz Samek, nossos vizinhos terão um empreendimento três vezes maior que o PIB deles, que é de US$ 10 bilhões.
De acordo com o G1, Lugo é influenciado pelo presidente da Venezuela Hugo Cháves. Cháves usa o dinheiro do petróleo venezuelano para reforçar sua força política na América Latina. Ele apoiou a Bolívia a nacionalizar a extração de gás e derivados do Petróleo. A Petrobras era uma das empresas que investia (e continua investindo) no país.
Itaipu garante o abastecimento de quase um quarto de toda a energia consumida no Brasil, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Brasil e Paraguai contraíram uma dívida de US$ 30 bilhões até concluir a hidroelétrica na década de 80. Hoje, a Itaipu Binacional, com duas turbinas além das 18 previstas no projeto original, tem valor estimado em US$ 60 bilhões. Metade para cada país. Em entrevista publicada pelo UOL, o ex-deputado federal pelo PT do Paraná e escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, para comandar a metade brasileira de Itaipu, Jorge Miguel Samek, afirmou que a chance de o tratado ser revisado é "zero" e que o Paraguai não tem do que reclamar. Ao final do contrato com o Brasil, diz Samek, nossos vizinhos terão um empreendimento três vezes maior que o PIB deles, que é de US$ 10 bilhões.
Hoje
Hoje é dia de Santo Expedito, o santo das causas urgentes: rápido, eficiente e sempre disposto a ouvir pedidos. Santo Expedito era um soldado romano. Segundo a Igreja Católica, um espírito do mal em forma de corvo apareceu para tentar impedi-lo de se converter, mas o militar se decidiu na hora pelo cristianismo. Por isso, a imagem de Santo Expedito carrega uma cruz com uma palavra em latim que significa “hoje”.
Hoje também é dia do Índio.
Hoje também é dia do Índio.
quinta-feira, abril 17, 2008
quarta-feira, abril 16, 2008
Deu no NYT: $ não traz felicidade
Deu no New York Times: Talvez dinheiro não traga felicidade (Maybe Money Does Buy Happiness After All). Como naquela velha história: a tristeza do primo rico (na reportagem, o Japão) versus a alegria do pobre (é com a gente mesmo!).
A matéria, de David Leonhardt, afirma que não basta ter um iPod para ser feliz porque a gente quer um iPod Touch. Em outras palavras, mais do que ter, é preciso ter o que é desejado por todos. Mas, depois, diz que o Japão foge ao padrão. E cita uma pesquisa do Gallup mostra que o nível de satisfação é maior nos países mais ricos.
Sei...
É engraçado quando o rico diz que o pobre é que é feliz. Hoje, no almoço, uma colega afirmou: só diz que o trem era bom quem nunca precisou andar nele diariamente.
A matéria, de David Leonhardt, afirma que não basta ter um iPod para ser feliz porque a gente quer um iPod Touch. Em outras palavras, mais do que ter, é preciso ter o que é desejado por todos. Mas, depois, diz que o Japão foge ao padrão. E cita uma pesquisa do Gallup mostra que o nível de satisfação é maior nos países mais ricos.
Sei...
É engraçado quando o rico diz que o pobre é que é feliz. Hoje, no almoço, uma colega afirmou: só diz que o trem era bom quem nunca precisou andar nele diariamente.
segunda-feira, abril 14, 2008
Olá!
Milhões de internautas recebem, diariamente, spams. Em todo mundo. O brasileiro, porém, cordial como ele só, interage com o spam. Basta que ele, o lixo eletrônico, seja simpático.
No início de abril, recebi um spam clássico enviado de um correio @euro.nuca.ie.ufrj.br. Deletei, claro. Mas a mensagem do spam era: Olá! Algum engraçadinho metido a irônico respondeu a todos: Olá! Pronto! Até hoje tem gente respondendo a esta mensagem.
Primeiro as pessoas diziam: Olá. Outros alertavam que se tratava de um SPAM, que podia conter vírus, e pediam para que ninguém mais respondesse a todos. Mas sempre alguém respondia: olá. Outros, irritados, xingavam. Alguns pediam para ser excluídos da lista, sem se dar conta que não havia lista, mas um SPAM. Uma das pessoas disse: Olá. alguem pode me explicar porque estão falando "olá" e porque estou incluida nesses emails... (Flavia Maria de Souza). Sempre respondendo a todos!
De repente, o surreal. Ronaldo Sorocaba/SP sugeriu: E ai pessoal td bem? Olha não sei quem são vcs, mas acho até interessante mantermos contato. Bom final de semana a vcs.
Márcio Cunha comentou: "Parece que esta nascendo uma comunidade aqui a comunidade do "Olá". Abraços a todos e bom final de semana?"
Flávia, de MG, tentou explicar que se tratava de um SPAM, mas entrou na onda "Tb acho interessante conhecermos novas pessoas. Um bom dia a todos vcs"
Wansley Gonçalves, de São Paulo, afirmou: Gostei da idéia do Ronaldo.....sim, podemos nos conhecer......acredito que se estamos no mesmo e-mail é pq existe algo em comum......se for a lista do NUCA.IE ;....
Grasieli Ami, coordenadora Comercial do BuscaPé, xingou e pediu que as pessoas parassem de responder. Mas respondeu. Antes, porém, numa outra mensagem enviada hoje, sugeriu que as pessoas criem uma comunidade! Desejou bom dia e mandou beijos a todos.
Não há limites para a criatividade humana nem para a falta de noção. Enquanto minha caixa lota com tantos olás e spams. Em tempo, SPAM é o nome das latas de conservas de carne americana; correio eletrônico contendo mensagens irrelevantes, "lixo" (internet), (Babylon).
No início de abril, recebi um spam clássico enviado de um correio @euro.nuca.ie.ufrj.br. Deletei, claro. Mas a mensagem do spam era: Olá! Algum engraçadinho metido a irônico respondeu a todos: Olá! Pronto! Até hoje tem gente respondendo a esta mensagem.
Primeiro as pessoas diziam: Olá. Outros alertavam que se tratava de um SPAM, que podia conter vírus, e pediam para que ninguém mais respondesse a todos. Mas sempre alguém respondia: olá. Outros, irritados, xingavam. Alguns pediam para ser excluídos da lista, sem se dar conta que não havia lista, mas um SPAM. Uma das pessoas disse: Olá. alguem pode me explicar porque estão falando "olá" e porque estou incluida nesses emails... (Flavia Maria de Souza). Sempre respondendo a todos!
De repente, o surreal. Ronaldo Sorocaba/SP sugeriu: E ai pessoal td bem? Olha não sei quem são vcs, mas acho até interessante mantermos contato. Bom final de semana a vcs.
Márcio Cunha comentou: "Parece que esta nascendo uma comunidade aqui a comunidade do "Olá". Abraços a todos e bom final de semana?"
Flávia, de MG, tentou explicar que se tratava de um SPAM, mas entrou na onda "Tb acho interessante conhecermos novas pessoas. Um bom dia a todos vcs"
Wansley Gonçalves, de São Paulo, afirmou: Gostei da idéia do Ronaldo.....sim, podemos nos conhecer......acredito que se estamos no mesmo e-mail é pq existe algo em comum......se for a lista do NUCA.IE ;....
Grasieli Ami, coordenadora Comercial do BuscaPé, xingou e pediu que as pessoas parassem de responder. Mas respondeu. Antes, porém, numa outra mensagem enviada hoje, sugeriu que as pessoas criem uma comunidade! Desejou bom dia e mandou beijos a todos.
Não há limites para a criatividade humana nem para a falta de noção. Enquanto minha caixa lota com tantos olás e spams. Em tempo, SPAM é o nome das latas de conservas de carne americana; correio eletrônico contendo mensagens irrelevantes, "lixo" (internet), (Babylon).
segunda-feira, abril 07, 2008
Calculadora de CO2
Qualquer pessoa pode calcular sua emissão de gás carbônico e plantar, por conta própria, as árvores para compensa-la. A ferramenta é da Iniciativa Verde. Descubra sua emissão anual e como diminui-la.
sexta-feira, abril 04, 2008
9º Simpósio Internacional de Jornalismo On-line
O 9º Simpósio Internacional de Jornalismo On-line promovido pelo Centro Knight para Jornalismo nas Américas, da Universidade do Texas, em Austin, pode ser visto daqui: http://livewebcast.theacesbuilding.com/. Hoje e amanhã, serão discutidos temas como o uso de vídeo-games para ajudar jornalistas a contarem histórias e se o aproveitamento dos recursos multimídias e de interatividade tem sido satisfatório e blogueiros, a evolução do jornalismo. Programação e instruções para acessar o webcast.
Assinar:
Postagens (Atom)