A cobertura de casos específicos de crime "não serve para nada". Dessa maneira, o coordenador de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, Guilherme Canela, encerrou a primeira mesa de debate - da qual foi mediador - do seminário "Mídia e violência", que acontece nesta quinta e sexta-feira, no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, no Rio de Janeiro.
A posição defendida por Canela é próxima da apresentada pelo diretor da Abraji e colunista do jornal O Dia Fernando Molica. Em sua opinião, a cobertura jornalística sobre a violência melhorou muito nos últimos anos, mas ainda está longe do ideal. Molica defende uma cobertura da segurança pública.
"Tem que sair da cobertura de polícia para a cobertura de segurança pública", diz Molica.
Apresentando um histórico dos últimos 50 anos na cobertura de violência, Molica afirma que o jornalismo melhorou muito. Agora, os casos são mais bem contextualizados e com mais dados sociais. Entretanto, a imprensa falha ao não cobrar os resultados das ações do Estado.
"O grande desafio da cobertura em segurança pública é aprender a mensurar a violência, para oferecer um produto mais qualificado e que dê menos espaço para ações rápidas e ineficazes", avalia.
Por outro lado, o professor e pesquisador da UFRJ Paulo Vaz critica a "contextualização" feita pelos veículos de imprensa sobre os crimes. "Contextualizar não é só relembrar um outro caso semelhante". Vaz afirma que essa prática reforça o medo, já que passa a ideia de que aquele tipo de crime já aconteceu e vai voltar a acontecer.
Com base em um levantamento realizado com as matérias sobre crimes nos anos de 2001 e 2002, o pesquisador percebeu uma relação sinonímia entre favela e tráfico. Ele afirma que essa conexão está presente no discurso atual da mídia e reflete sobre a sociedade.
"Diante do medo, as pessoas acham possível fazer coisas com outras pessoas que consideram menos humanas", afirma.
Esse também é o temor do repórter da Radio Canada Michel Labrecque. Comparando com a realidade em seu país, o jornalista critica o discurso da imprensa que relaciona violência a um determinado grupo social, no caso do Canadá, jovens negros ou imigrantes, moradores de periferias.
Organizaciones de base que trabajan en pro de los jóvenes, en países en vías de desarrollo y que buscan mejorar las condiciones de vida de sus comunidades pueden postular a apoyo financiero por parte de UN-HABITAT.
El Fondo de Oportunidades para el Desarrollo a favor de Jóvenes Urbanos dará entre $5,000 y $25,000 dólares a organizaciones lideradas por jóvenes entre 15 y 32 años.
"En estos tiempos de crisis financiera internacional, no solamente los bancos merecen apoyo financiero. También necesitamos estimular jóvenes que generalmente están en mejor posición para solucionar problemas en sus comunidades", dice la sra. Anna Tibaijuka, Directora Ejecutiva de UN-HABITAT. "El Fondo de Oportunidades está diseñado para proveer apoyo financiero de un millón de dólares por año a iniciativas a favor de jóvenes en urbanización sustentable. Tenemos que utilizar la energía de los jóvenes si queremos superar los problemas de la pobreza urbana".
Del billón de personas viviendo en asentamientos precarios, se estima que más del 70% tienen menos de 30 años. Hasta el momento estos jóvenes tienen pocos recursos a disposición para mejorar el medio ambiente en que viven. Esto es un descuido por el hecho de haber varias iniciativas en pro de los jóvenes en asentamientos precarios que necesitan apoyo financiero urgente.
El Fondo de Oportunidades para el Desarrollo a favor de Jóvenes Urbanos se ha establecido con el apoyo del gobierno de Noruega, especialmente para proveer fondos a iniciativas de base comunitaria a favor de los jóvenes. Este fondo inicial es de dos millones de dólares por dos años y con posibilidades de renovación
El fondo se compromete a apoyar proyectos innovadores a favor de los jóvenes en áreas como empleo, educación, medio ambiente, salud y seguridad. Se estimulan candidaturas de organizaciones que estén trabajando con agencias de gobierno o sector privado. Proyecto con perspectiva de género son bienvenidos.
Detalles sobre como participar encuentra en: www.unhabitat.org/opfund.
João Buracão fez um contato há pouco, por telefone, com a redação do EXTRA. Ele foi sequestrado por homens que se diziam a serviço da prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset, e foi levado para uma casa na Rua Sete de Setembro, no bairro Gradim. Entre os envolvidos, estava o irmão da prefeita, Márcio Panisset. O boneco circulava pelo município a caça de buracos, quando foi pego pelos capangas.
Mais grave do que o sequestro de João, porém, foi a agressão covarde à equipe do EXTRA. O fotógrafo Fabiano Rocha foi agredido e teve de entregar sua máquina. Um carro fechou a rua, impedindo que ele, a repórter Ana Carolina Torres e o motorista Noel Messias deixassem o local.
O caso será levado à polícia e já foi comunicado ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.