A revista virtual Manga com Leite está no ar. O novo veículo de comunicação partiu da iniciativa dos alunos do curso de jornalismo das Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA) no MéierRedação e Edição em Impressos se apropriaram das ferramentas disponíveis na internet e produziram 28 páginas com informações variadas a custo zero. O trabalho pode ser visitado no site http://mangacomleite.webnode.com/a-revista/.
Com a proposta de promover experimentos, jornalismo e outras hipóteses, os alunos enfrentaram as dificuldades de impressão do Jornal Laboratório e as limitações de cor e tiragem com criatividade. Para a rede, os estudantes puderam produzir um veículo totalmente colorido, sem limite de páginas, com imagens livres de direitos autorais ou feitas com equipamentos próprios. Foi também possível testar ferramentas eletrônicas que auxiliam a virada de páginas e até colocam a marca da revista no endereço do site. A criação do site foi do aluno Rafael Queres (rafaelqueres@gmail.com) que se dedicou integralmente a realização do projeto.
A concepção da revista foi coletiva. Os alunos puderam indicar pautas e realizar reportagens com a orientação da professora (maracyguimaraes@gmail.com), mas coube a todos a aprovação do material publicado. Da mesma maneira surgiu o nome: Manga com Leite. A escolha foi em sala com muitas idéias esquisitas, passando por "As Perseguidas", "O Mesmo", "Os Sapos" e, até, "Amostra Grátis". No final, ninguém lembrava quem deu a idéia da Manga com Leite... Mas a história todos conheciam: Manga com leite mata. A lenda surgiu na época colonial e foi usada pelos senhores de escravos para impedir que os servos comessem o fruto, considerado de valor nobre, tendo em vista que o leite era abundante nas fazendas.
Repercussão
Antes mesmo da edição da Manga com Leite estar disponível, o veículo começou a ser divulgado em comunidades do Orkut, no MSN e no Twitter. O resultado surpreendeu aos idealizadores. Muitos estudantes e recém formados em jornalismo fizeram contato para participar da empreitada. Teve gente de São Paulo, Salvador e de outras faculdades interessados em dispor de um espaço para publicar. Outros enviaram currículos e, até, pretensão salarial.
Para a segunda edição, o acesso aos colaboradores está aberto. Não há restrição de assuntos, mas a publicação vai depender da aprovação de toda a equipe. Assim, os alunos podem exercer, na prática, o direito a liberdade de expressão enquanto assumem publicamente a responsabilidade de fazer do jornalismo um exercício constante de aperfeiçoamento e confiabilidade da informação independente da obrigatoriedade do diploma ou não.