Aproximadamente 8% da população mundial masculina sofre de discromatopsia, tambêm conhecida como daltonismo. Esta deficiência provoca confusão na percepção das cores, principalmente entre o vermelho e o verde. Muitas pessoas desconhecem o problema até o momento em que fazem o exame de visão do Detran para a obtenção da carteira de motorista.
O médico Josier Vilar, Presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casa de Saúde do Rio de Janeiro (SindhRio), é portador de daltonismo, mas só comprovou a deficiência ao ingressar na faculdade, aos 18 anos. Assim como a maioria dos daltônicos, Vilar decorou a ordem das luzes do semáfaro vertical, e dirige normalmente.
O código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) determina que todas as lentes dos semáforos sejam circulares, mas não há nenhuma lei que assegure a posição vertical dos mesmos - hoje existem diversos semáforos verticais espalhados pelo País. Preocupado com a segurança no trânsito e buscando melhorar a qualidade de vida dos daltônicos, que muitas vezes passam pelo constrangimento de perderem suas habilitações no exame renovação da carteira, Vilar criou um padrão geométrico para os sinais de trânsito, sem comprometer o padrão colorimétrico, no qual os focos das lentes passam a ser também figuras geométricas - quadrado, para o vermelho; triângulo, para o amarelo e círculo, para o verde. Desenvolvido em parceria com o Deputado Federal Fernando Gabeira, a idéia resultou no Projeto de Lei 4937/09 que atualmente tramita na Câmara.
Se o projeto for aprovado, cada Detran deverá adaptar metade dos semáfaros das cidades no prazo de um ano. Em dois anos, todos os sinais de trânsito deverão ser adaptados.
“A nova padronização dos semáforos não vai representar altos custos para os Detrans, já que apenas as lentes serão adaptadas”, finaliza Vilar. Quem apóia a causa pode acessar o site
www.daltonicosnotransito.com.br, e se cadastrar na lista que vai recolher assinaturas para a aprovação do Projeto na Câmara.
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OBS: Texto enviado pela assessoria de imprensa
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