Como é bom viver!
A magia de dormir, sonhar e abrir os olhos. Ver, respirar, sentir, comer.
Comer, sentir, viver, ver.
Que ternura nascer, trazer alegria, chorar, mamar, certidão, mimir, mamãe, papai.
Mamãe, mimir, papai, papá, mamar...
Ai, como é boa a infância de pés descalços e super-heróis de árvores gigantes, de bolinhos de terra, de colo, de medo e de risos. E de descer, de subir, de cair, de machucar, de gritar, de passar anel, de descer, de esconder, de pular, de pegar, de gargalhar...
E como é linda a adolescência de coração, segredos, vergonhas e pés 36. E ruborizar, e contar, e confiar, e falar, e brigar, e morrer de rir, e crescer, e descer, e subir...
E vêm a independência, o amor, a dependência, o trabalho, o anel, praia, igreja, e escolhe, e beija, e ama, e é para sempre, e ama, e é para sempre. E ama e é para sempre. Idade de casa, apê, véu, grinalda, festa, certidão, bolinhos, de terra, fogo, água e ar, bem-casados, de sim e de mel.
E vem o dia-a-dia, o amor, o pão nosso, o almoço gostoso, o jantar, o amor, o café, a sala, a árvore, o amor, a planta, os planos, o amor, os sonhos, e todo dia, e toda noite, o amor, e toda hora, e sempre e sempre, e acordar, o amor, e para sempre...
E a vida continua, e muda, e é a mesma, de dia, de noite, de sim, de não, de talvez, de tudo, com tudo, de nada, de rotina, de surpresa, de dia, de noite, de cama, de mesa, de banho, de sim, de chuva, de sol, de lua, de mel...
E isso é tudo, por enquanto, o resto seria especulação.
Então segue aquela estrada, de pés, de barro, de pai, de mãe, de filhos, de avião, de chuva, de planos, de planilhas, de plantas.
De cabelo preto, amarelo, branco. De dormir, de acordar. De mãos, de pés, de netos, de grama, de rede, de almoços, de natais, de árvores, de lagoas, de anel, de lua, de mel. Olhando o céu, sentindo o vento, beijando, olhando, vendo, os que vêm, a vida.
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